Quais são as obras de fantasia nacional que você gostaria de ver na Netflix? O tema de hoje no #EspalheFantasia é adaptações literárias. Não tem nada mais controverso do que uma adaptação literária. Não importa o tamanho do sucesso de um filme ou uma série é simplesmente impossível agradar todos os fãs do livro. O Senhor dos Anéis, Game of Thrones (tá, eu sei!), Harry Potter, Crepúsculo. Títulos com uma legião de fãs que esperou ansiosamente para ver os seus personagens na tela e arrecadaram milhões, mas mesmo assim não são unanimidade. Tudo bem, faz parte.
Nem toda obra deveria ser adaptada, mas algumas eu aguardo ansioso com o livro debaixo do braço (quem não fez a escalação de um livro com atores famosos que atire a primeira pedra) e não custa nada sonhar, não é verdade? Então fiz uma lista de cinco obras de fantasia que eu gostaria de ver adaptadas (vem ni mim netflix!)
Um dia todos os computadores do mundo desenvolvem consciência e a humanidade precisa se adaptar a sua nova realidade. Com essa premissa nos acompanhamos a história de Arthur, um técnico de informática que vê toda a sua profissão virada de cabeça para baixo agora que deixou de lidar com utensílios e passou a lidar com indivíduos. Arthur é um cara sarcástico e meio depressivo e funcionaria bem em um filme mais intimista ao estilo her, embora o cenário seja tão interessante e cheio de possibilidades que aceitaria sem medo uma série “muito black mirror” só que no Rio de Janeiro e São Paulo.
A história de Kasin, um mercenário exilado que acaba de voltar ao Império de Diamante, de onde fugiu depois que o exército do Imperador venceu a guerra. Império de Diamante poderia ser adaptado como uma grande saga, cheia de cenários exóticos ao redor do mundo e centenas de figurantes em cenas de batalha, mas não é difícil imaginá-lo com um orçamento mais modesto sem perder nem um pouco da história, algo no estilo dos filmes de fantasia dos anos oitenta, ou Sete Samurais do Akira Kurosawa. Um filme desses em preto e branco, com cavaleiros montados em zebras e homens armados cercados por um exército de gorilas, seria algo que eu assistiria centenas de vezes.
Amigas Infláveis é um dos contos da antologia “O desejo de ser como um rio”, sobre uma simpática senhora e sua trupe de amigas de plástico que se reúnem para tomar chá. É um conto simples, meio surreal, mas bastante simbólico que fala sobre envelhecimento, solidão e amizade, sem ser piegas ou depressivo. Sendo um conto curto e se passando basicamente em uma única locação, renderia com facilidade um curta-metragem, algo que canais como Dust fariam com as mãos nas costas. Ficaria incrível.
Sybylla é uma trekker declarada e isso transparece na sua space opera. Deixe as estrelas falarem conta a história da capitã Rosa, que comanda a Amaterasu, uma nave cargueira contratada para levar uma misteriosa caixa até determinado ponto do espaço. A história cheia de conspirações tem uma construção de universo maravilhoso que funcionaria bem tanto para uma mini-série quanto para um filme solo. Se engana quem pensa que o custo de uma produção assim seria inviável no Brasil. A maior parte das cenas é interna e as cenas de computação gráfica são mínimas. Funcionaria perfeitamente.
É um dos contos da antologia Duendes: Contos Sombrios de Reinos Invisíveis e conta a história de um duende que chega a uma favela para encontrar a última criança capaz de salvar o seu mundo. Apesar da premissa simples de história de portal mágico, o conto renderia um excelente filme, com um final bastante surpreendente. Seria uma mistura de filme doce, em uma pegada “Stranger Things” com uma pitada de “A Lenda”. Uma produção do tipo “Hoje é dia de Maria” resolveria as cenas mais oníricas, mas por favor! Não mudem o final da história!
Lena e Ward, precisam cuidar da fazenda quando seu pai é convocado a lutar pela guerra do Imperador. Em um cenário bucólico, cheio de pobreza e fome, eles tentam de tudo para manter as terras do seu pai e o pouco que lhes resta de dignidade, o que muda subitamente quando encontram um gigante desertor em sua propriedade. O Gigante seria uma boa adaptação para o teatro, ou em um filme com efeitos práticos. Druhu, o gigante do título, poderia ser uma marionete, ou mesmo uma sombra projetada no fundo do palco. O cenário seria minimalista, com poucas mudanças para marcar as cenas, com exceção, talvez, do grande arado que poderia ser uma construção colossal atravessando o palco com os personagens em cena. Seria algo bonito de se ver e casaria bem com a atmosfera do livro.
E vocês, quais são as histórias de fantasia nacional que gostariam de ver adaptadas para a tela?
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