Um pouco mais sobre Jhomm Krulgar
On September 20, 2016 | 0 Comments

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Tenho sido despertado algumas vezes no meio da noite, com alguns pensamentos sobre o passado de Krulgar. O Teatro da Ira fala um pouco sobre a sua origem, sobre a forma como ele foi criado: misturado aos cães de caça de um monastério; uma história que será contada melhor em uma noveleta que em breve será publicada. Dessa lenda sobre sua formação me veio o desejo de contar uma segunda parte do seu passado, explicando como o pequeno animal criado pelos monges do senhor da justiça se tornou o mercenário truculento que parece odiar a tudo. É essa a história de Krulgar que vêm me atormentando durante a noite.

Sempre que uma história pinica assim, dá vontade de largar tudo e começar a escrevê-la logo, mas os outros compromissos tem atado as minhas mãos e eu me limito a tomar notas. Alguns pontos dela já estão comigo a alguns anos: seu contato e desconfiança da nobreza, sua primeira experiência sexual, a sua dificuldade de domar a própria raiva. Fatos conhecidos, com as quais eu convivo a muito tempo. Outros, porém, são inteiramente novos e surgem junto com personagens completos que acenam me convidando a mergulhar na história de cabeça. Deixam a dúvida sobre o que fazer na seqüencia, me debruçar sobre outro prequel de Jhomm Krulgar, ou voltar ao cronograma original, onde estão as outras histórias de Chamas do Império.

Parte desse desejo é o sentimento de que falhei com Jhomm. Algumas críticas que surgiram sobre O Teatro da Ira era justamente sobre como Krulgar se parecia com tantos outros e talvez, de fato, naquelas páginas ele seja apenas outro mercenário servindo de escada para personagens mais cativantes, como o misterioso Khirk, ou a agridoce Thalla. A aparência mundana de Krulgar, porém, não foi inocente. O Teatro da Ira é, de certa forma, um romance geminal do personagem, cuja complexidade tende a crescer em outros livros. Isso se deve, em grande parte, ao seu passado, mas principalmente ao futuro que eu lhe reservei. Chamas do Império é uma história dentro de uma história, como as camadas de uma cebola. É assim que eu construí também a história dos seus personagens.

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