Quem segue a página do Chamas do Império no facebook (fica a dica) ou no twitter (outra dica) já sabe que este ano vou estar participando do National Novel Writing Month (NaNoWriMo, para complicar mais). Um evento que, para começar é internacional, apesar do nome e que se repete todo ano. Durante todo o mês de novembro, vou me dedicar a escrever uma novela de pelo menos 50 mil palavras, pelas minhas contas algo como 160 páginas. Sim, é bastante coisa e sim, fico em pânico quando penso no volume.
A alguns anos eu tento a minha participação e alguma coisa sempre me impede, mas este ano estou determinado a tentar, então entrei na minha fase preparatória (que inclui meu mês de férias, então se eu estiver sumido é porquê estou acampado no meio da floresta, fazendo vigília contra criaturas das trevas), afiando a lâmina, por assim dizer.
Uma das primeiras coisas que você precisa “decidir” quando você ingressa no NaNoWriMo é se você é um Planner ou um Pantser. Os planners são os que acreditam em ter uma estrutura pronta antes de começar a escrever, os pantser são os caras que andam por ai sem mapa, inventando uma palavra depois da outra. Bem, quem já acompanha o blog sabe que eu sou mais caracterizado como planner, então passei o último mês arredondando a história que eu pretendo escrever nesse mês. Convenhamos, em um prazo curto assim é bom algum preparo, mas mesmo os melhores mapas as vezes não consideram um rio que atravessa o seu caminho, então vamos acreditar que tudo vai dar certo.
Resolvi transformar o conto do “gigante” que vocês já viram por aqui no romance que o NaNoWriMo pede, o que pode ser uma escolha ruim, já que a história tem questões conceituais e filosóficas mais complicadas o que pode me atravancar lá na frente. Hoje tenho 80% de todo o storyline escrito e pretendo chegar aos 100% antes de novembro e começar a maratona.
Como escrever 50 mil palavras em um mês? Bem, minha estratégia é meio senso comum no NaNoWriMo:
1) Uma meta diária de 1750 palavras (com 1667 você cumpre o objetivo, mas eu sei por experiência que 1750 palavras na configuração do meu word dá 5 páginas, o que facilita na hora de contar, além do que essa gordinha ajuda a manter o pique, já viu algum maratonista reduzir na chegada?);
2) Sem revisão. Uma das recomendações que os organizadores do evento fazem é frear a vontade de revisar o que já foi escrito. Isso pode ser meio difícil, você sempre quer dar aquela leitura antes de começar o dia, mas o foco aqui é quantidade, não qualidade. A revisão fica para Janeiro e Fevereiro, quando a coisa já esfriou na sua cabeça e sua tendinite já voltou a te deixar dormir.
3) Sem divulgação. Convenhamos. São 1750 palavras “vomitadas” todos os dias. É melhor deixar isso na gaveta até que seja possível uma revisão um pouco mais apurada. Mesmo com todos os avisos do mundo de que o foco da coisa é a quantidade, é certeza de que alguém vai reclamar de todos os erros que você fatalmente vai deixar pelo caminho e isso pode desanimar, então… trabalhe nas sombras e no silêncio. (OK, vou manter um relatório em 140 caracteres no twitter sobre o andamento da coisa)
4) Sem distrações. Como punição por um ano bastante improdutivo (foram só dois contos e uma noveleta), só posso entrar na internet ou assistir televisão depois de cumprir com minhas 1750 palavras diárias. Lamento Diego do futuro, mas isso é para o seu próprio bem (só para te lembrar, vai ter a estreia do Último Reino em outubro). Música e Livros estão autorizados por motivo de… né? Não existe fogueira sem oxigênio.
5) Sem publicação. Não existe nenhum compromisso atual ou futuro com a publicação ou mesmo a divulgação dessa obra. O objetivo aqui é matar o monstro em 30 dias e vale tudo. Em janeiro depois de uma nova leitura a gente decide o que vai fazer com o lance. Talvez consertá-lo, talvez reduzi-lo, talvez incinera-lo. Veremos!
6) É para ser divertido. É como uma maratona: você sofre, sua, se amaldiçoa por ter tido essa ideia e jura que nunca mais vai fazer isso, mas no fim você sabe que está se divertindo. A vida não para, então vou precisar conciliar essa corrida de obstáculos com outros compromissos e se não conseguir terminar a novela, vou ficar muito chateado, mas não decepcionado comigo mesmo, ou assim eu vou me convencer, Diego do futuro.
Outubro é meu mês de férias e vou estar enfiado no meio do mato com uma barraca nas costas, então não estranhem o silêncio, vou voltar com algumas aventuras para contar.
Para terminar, uma breve palavra dos nossos patrocinadores: A Draco deve ter novidades para vocês em breve, então deem uma passada no facebook da editora e fiquem atentos pelo que vêm a seguir.
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