Uma das minhas inspirações para criar a esfera de tempestade que Krulgar usou contra o troll na ponte, foi a Garrafa de Leiden, um dispositivo real inventada por Pieter van Musschenbroek, na universidade de Leiden, em 1746, embora essa garrafa muito provavelmente tenha sido baseada num invento alemão de 1745.
Ao contrário da esfera de tempestade, a garrafa de Leiden era incapaz de gerar tempestades, sendo na verdade uma espécie de capacitor, construído com uma garrafa de vidro com água no seu interior, com uma rolha perfurada por uma haste metálica que ficava em contato com a água, funcionando como uma bateria, capaz de reter a carga de uma máquina eletrostática. Era um aparelho rudimentar, mas que foi aprimorado e acabou levando aos capacitadores atuais.
Para o livro, porém, uma simples descarga elétrica simplesmente não funcionaria. Como uma simples explosão também não funcionaria. Para a narração, eu estava procurando por um efeito mais duradouro, que podia dar a toda cena o misto de ação e suspense como background da ação dos personagens. Havia também a oportunidade de deixar a mão um gancho que seria usado depois, em outro livro, nessa minha construção maluca de camadas de uma cebola.
A idéia de uma tempestade, funcionava perfeitamente. Enquanto os personagens atravessavam uma ponte entre perigos físicos e os perigos políticos, havia toda uma enxurrada de novas informações e revira-voltas que casavam bem com o ambiente caótico de um furacão. Enquanto todo o ambiente desmoronava ao seu redor, Thalla desvendava segredos sobre os planos de seu pai e lutava contra eles, usando uma arma que havia estado sob o controle do seu pai. Para mim fechava-se perfeitamente o ciclo.
Como a coisa funcionaria, porém, só ficou claro depois que eu me lembrei da existência da Garrafa de Leiden cuja utilidade, é claro, eu amplifiquei a níveis épicos.
Fonte : Garrafa de Leiden – Wikipédia, a enciclopédia livre.
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